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Reflexão

A caminhada por entre os pés de ipê amarelo trouxe várias histórias á tona. Pensou em todos os amores efêmeros que teve na vida. Pensou também nas amizades momentâneas, pensou em tudo. Ela chorou de saudades, de arrependimento do fazer e do não fazer. Sentiu uma gota cair em seu ombro, olhou para cima e viu que a noite já chegava, calada. Decidiu sentar-se na relva e tentar limpar a cabeça que fervilhava coisas que ela nem queria saber. Como um passe de mágica seu olho se fechou e ela dormiu profundamente, como se não tivesse mais nada além dela e da paisagem. Quando acordou, levantou-se, já estava escuro. Ela resolveu voltar para casa e resolveu que não queria mais ficar só. Procurou em alguns telefones, contatos... Procurou na vida... Ainda procura!

Bagunças

Na casa suja, chão molhado de talvez lágrimas, na bagunça do dia, do mês, do ano ela encontrou na caixinha de achados e perdidos, um AMOR. Não foi um achado arqueológico, era um AMOR recente. Sentou-se na poltrona, ao lado da janela que dava vista para as árvores da rua e pôs-se a pensar porque tinha jogado aquele AMOR fora. Descobriu muitas coisas, inclusive que não tinha nenhuma lembrança do que viveu quando aquele sentimento habitava dentro dela. Junto com o AMOR encontrou cartas, cartões, pequenices e bem lá no fundo, escondida atrás de todas as coisas, ela encontrou, límpida, uma lágrima. Aí se lembrou de tudo e jogou o AMOR pela janela para que fosse levado pelo vento, para onde ela nunca mais pudesse ver.

Intertextualidade

Quando foram pensadas aquelas palavras, ela não sabia. De repente, não mais que de repente, ele vomitou-as. Ela estava lá e viu. A diferença era uma questão de líquido. Ela não tinha uma gota no sangue, já ele... A madrugada entrou na sala, ela arrumou a cama deu boa noite e foi dormir. Ele permaneceu na sala, na madrugada, fazendo algo que os olhos dela já não podiam mais ver, pois já havia se fechado na escuridão.

Tentando a 3ª pessoa

A noite pede um café, bem quente, amargo ou um vinho, mas ainda é quarta-feira. Para ela é impossível ver algo além da janela, a neblina cobre tudo e abraça quem passa na rua. As pessoas na sala conversam, mas ela não sabe o assunto porque deixou muito tempo passar sem escrever. Dentro de uma blusa laranja, pés descalços e óculos na ponta do nariz, pensa no que pode ser interessante. Disseram-lhe que anda meio sentimental, chorando atoa e ela reflete o porque. Sua vida, nos últimos meses, recebeu informação demais. Antes era apenas o derrame cerebral. Sentiu pena e ajudou como pode no caso. Mas a história tomou um rumo inimaginável para qualquer pessoa da família, a última notícia abriu um buraco entre as circunstâncias e a indignação misturada com a impotência assolou á todos. Ninguém mais disse uma palavra; os fortes guardaram a informação não sei onde, os que se acham justos, quiseram punição, a menina, jovem ainda na face quer esquecer tudo, por não aceitar. Ela